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29, terça, 19h: Lançamento do livro De mim já nem se lembra, de Luiz Ruffato.
Luiz Ruffato ocupa um lugar único na literatura brasileira. Seu Eles eram muitos cavalos marcou época e hoje, mais de uma década depois de sua publicação, tornou-se um romance cultuado, que registrou numa prosa moderna e incomum as muitas vozes da cidade de São Paulo. O projeto Inferno provisório, saga composta de cinco volumes, tem poucos paralelos nas nossas letras: ambicioso, vasto e singular, acompanha por décadas a trajetória de vários personagens de classe média baixa. De mim já nem se lembra trata de assuntos caros ao autor: a família, o tempo, a memória. Mais uma vez, Ruffato irá transformar um pequeno episódio familiar em oportunidade para falar de seu país e de sua sociedade. Ao abrir uma pequena caixa encontrada no quarto da mãe falecida, a caixa na qual ela “abrigara seu coração esfrangalhado”, o narrador se depara com um maço de cartas cuidadosamente atadas por um cordel. Escritas pelo irmão, vitimado por um acidente automobilístico, e dirigidas à mãe, essas cinquenta cartas reconstituem um passado: ao mesmo tempo que ilustram as mudanças políticas, econômicas e culturais durante a ditadura militar brasileira, convidam o leitor a espreitar a memória de uma família com “olhos derramando saudades”.
Neste livro, o autor recupera a antiga tradição do romance epistolar, transfigurando-a – em vez de uma troca de correspondência ordenada cronologicamente, em De mim já nem se lembra há apenas uma voz, no espaço e tempo imprecisos da ausência.
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30, quarta, 19h: Lançamento do livro Escalafobética, de Noélia Ribeiro.
“Escalafobética” tem 84 poemas que versam, em sua maioria, sobre paixão e desejo (realizados ou não), sob um olhar bem feminino, e reflexões de quem busca compreender esta vida vã e nossa sociedade tão contraditória; temas tratados de forma surpreendente e, por vezes, irônica. O livro traz a bela capa da design Anna Mendes, o posfácio do poeta Alberto Bresciani e o prefácio da poeta Leila Míccolis, que assim o define: “Quem vive intensamente por certo se identificará com a leitura deste livro, que nada tem de desajeitado ou esdrúxulo: tem, isso sim, de intenso, de transbordante, de exagerado, bem ao estilo de Cazuza: ‘jogado aos teus pés’, amorosa e totalmente entregue.”
NOÉLIA RIBEIRO – Nascida em Recife, foi muito pequena para o Rio de Janeiro. Estudou Letras na UnB, graduando-se, primeiramente, em Língua Portuguesa e, posteriormente, em Língua Inglesa. Já tomou parte de coletâneas de poetas como “Salada Mista” (com os poetas José Sóter e Paulo Tovar); “Talento em Prosa e Verso” (organizado pela REBRA); “Fincapé” (Coletivo de Poetas), entre outras, e teve poemas publicados em jornais da cidade. É presença ativa em recitais, saraus e movimentos poéticos realizados em Brasília. Lançou seu primeiro livro “Expectativa”, em produção artesanal e independente, em 1982. Em 2009, lançou “Atarantada”, seu segundo livro de poemas, com edição esgotada.
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