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Lançamento do livro F, romance de Antonio Xerxenesky.
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Um “detetive literário” desconfia que o autor do novo livro do americano Thomas Pynchon é, na verdade, a tenista russa Anna Kournikova. Numa viagem à Argentina, uma estudante brasileira de Letras se depara com um suposto manuscrito inédito de Borges – e o perde instantes depois. Numa casa de praia, um adolescente desenvolve a superstição de que, se não terminar de ler, numa única madrugada, o romance que trouxe na bagagem, sua namorada vai acabar morrendo.
Os escritores – reais ou inventados – são o combustível desse segundo livro do jovem gaúcho Antônio Xerxenesky. Nos nove contos que compõem A página assombrada por fantasmas, é a própria literatura, com seus labirintos e enigmas, a grande protagonista. Assim, o autor consolida um estilo que já havia aparecido com vigor em seu livro de estreia, o elogiado romance Areia nos dentes. Nele, as estratégias narrativas ousadas desenhavam um pastiche repleto de referências pop, num faroeste com direito a zumbis e amores impossíveis, incrementado com um delicioso exercício de metaficção. Agora, Xerxenesky retoma o humor esperto de seu primeiro livro, ao mesmo tempo que
amadurece as estratégias de conquista e (por isso mesmo) de ludibrio do
leitor, página a página. Porque nas histórias de A página assombrada por fantasmas a literatura é, antes de tudo, um pacto – mesmo que esse não seja evidente ou deliberado. É numa espécie de contrato, com suas zonas de sombra e suas interpretações sinuosas, que se situam as perturbações contidas neste novo livro.
É um pacto silencioso aquele que rege a tarde chuvosa, num verão dos anos 80, na qual dois irmãos criam um esboço de videogame literário, na melancólica história de “Algum lugar no tempo”. É um acordo do universo político – no caso, entre os membros do “partido ceticista” – que desenvolve, em 2070, um plano secreto para modificar a trama de Dom Quixote, tornando-a um elogio à razão e à lucidez, em “Sequestrando Cervantes”. E é na negociação de um jovem com a sua própria solidão que se desdobram as cenas de “O escritor no castelo alto”: um conto que narra uma angustiante viagem de elevador.
Do território de atrito entre leitor e literatura, entre a vida cotidiana, dita “real”, e a vida incrustada nas páginas dos livros, a “imaginária”, brotam os conflitos de A página assombrada por fantasmas. O que acontece quando a protagonista de um romance de Alan Pauls aparece na vida de um leitor? O que pode levar um autor de sucesso a abandonar a escrita e viver em isolamento? Livros são “peças demoníacas”, como sugere um dos personagens? Como aproximar a matéria bruta da vida e o espaço necessariamente legível do papel?
Xerxenesky usa a ficção para refletir, de forma criativa e longe dos ranços acadêmicos, sobre os muitos fantasmas que são, eles próprios, a base de qualquer literatura que se queira contemporânea.
Antônio Xerxenesky nasceu em Porto Alegre, em 1984. Ex-estudante de Física, formou-se em Letras na UFRGS, onde cursa atualmente o mestrado em Literatura Comparada. Publicou narrativas curtas em antologias como Ficção de Polpa. Seu conto “O desvio” foi adaptado para a TV por Fernando Mantelli em 2007. O jovem escritor também é um dos criadores e editores da Não Editora, onde organiza a revista on-line de crítica literária Cadernos de Não-Ficção. Mantém ainda o blog blog.antonioxerxenesky.com. Areia nos dentes é seu primeiro romance.
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Quarta, 14, na Palavraria, autores brasileiros que têm seus trabalhos publicados na Argentina e América Latina e autores latino-americanos que publicam no Brasil foram comentados, debatidos e lidos no encontro em que Angélica Freitas, Antonio Xerxenesky, Carlos André Moreira e Telma Scherer rececpcionaram o poeta argentino Cristian De Nápoli, um dos maiores divulgadores da literatura brasileira contemporânea em espanhol. Promoção do Jornal Vaia.
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12 a 17 de abril
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O V Seminário de Estudos Medievais – Imagens de Joana d’Arc: Idade Média, Cultura e Representações terá três eixos temáticos: Joana d’Arc: a personagem histórica e o período em que viveu e suas representações posteriores, nas quais Joana e a Idade Média serão analisadas sob a perspectiva da História, da Literatura e do Cinema. Este Seminário tem como objetivos destacar a personagem histórica e suas várias representações e contribuir com debates que problematizem o uso do Cinema e da Literatura em pesquisa histórica, além de abrir espaço para a divulgação das pesquisas nestas áreas. O evento se realizará entre 12 e 16 de Julho, no prédio da Faculdade de Economia da UFRGS e contará com conferências, mesas redondas, apresentações de trabalhos e um ciclo de cinema voltado para a temática Joana d’Arc, totalizando 40h de atividades.
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http://www.gtestudosmedievais.ufrgs.br/v_encontro.htm
Cybele Crossetti de Almeida. Graduada com licenciatura e mestrado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e com doutorado em História pela Universität Bielefeld, Alemanha (2008), atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de História, com ênfase em Idade Média Ocidental, atuando principalmente nos seguintes temas: história política e econômica, relações de poder, elites urbanas e grupos sociais, cultura e sociedade.
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As irmãs Christiane Ganzo e Denise Aerts são responsáveis pela criação do Espaço Terapêutico Bororó25. Christiane Ganzo é psico-analista há 25 anos. Denise é médica há 27 anos e tem experiência acadêmica como educadora e pesquisadora, e também como terapeuta familiar. São autoras do livro A vida como ela é.
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Geração Beat: Movimento literário, vanguarda artística com ramificações na música e na fotografia, a geração beat foi um sopro de ar fresco na cultura norte-americana dos anos 50. Manifestou-se por meio de um grupo de jovens escritores que extrapolaram a arte e a vida transformando-as numa explosão criativa, embalada pelo êxtase das drogas, em busca de experiências transcendentais. O companheirismo de Jack Kerouac, Allen Ginsberg, Willian Burroughs, Neal Cassady, Gregory Corso, Lawrence Ferlinghetti, Carl Solomon, entre muitos outros, deu origem a uma das mais originais manifestações culturais de meados do século XX, que até hoje surpreende e fascina leitores de todo o mundo.
Este o tema de partida da palestra de Claudio Willer na Palavraria. Após a palestra, o autor estará autografando seu mais recente livro – Geração beat – editado pela LP&M.
Claudio Jorge Willer, paulista, é poeta, ensaísta, crítico e tradutor. Graduado em Psicologia e Ciências Sociais e Políticas, doutor em Letras. Como poeta, Willer distingue-se pelo caráter transgressivo de sua obra, ligada ao surrealismo e à geração beat. Como crítico e ensaísta, escreve no Jornal da Tarde, Jornal do Brasil (caderno Idéias), revista Isto É, Folha de São Paulo, revista Cult, Correio Braziliense e em publicações da imprensa alternativa e independente como jornal Versus, revista Singular e Plural, jornal O Escritor da UBE, Linguagem Viva, Muito Mais e Página Central. Seus trabalhos estão incluídos em antologias e coletâneas, no Brasil e em outros países. Ocupou cargos públicos em administração cultural e presidiu por vários mandatos a União Brasileira de Escritores. Co-edita, com Floriano Martins, a revista eletrônica Agulha. Ministrou inúmeras palestras, cursos e oficinas literárias.
Promoção:
Programa de Pós-Graduação em Educação – UFRGS
DIF – Artistagens, Fabulações, Invenções
BOP – Bando de Orientação de Pesquisa
Editora L&PM
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Mario Benedetti, poeta, escritor e ensaísta uruguaio falecido em maio do ano passado. Integrou a Geração de 45, a qual pertencem também Idea Vilariño e Juan Carlos Onetti, entre outros. Considerado um dos principais autores uruguaios, iniciou a carreira literária em 1949 e ficou famoso em 1956, ao publicar “Poemas de Oficina”, uma de suas obras mais conhecidas. Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema.
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Ricardo Silvestrin lançou 13 livros. Os mais recentes são “O videogame do rei”, romance, “O Menos Vendido”, poesia, “Play”, contos, “Transpoemas”, infantil de poesia. É também músico da banda os poETs. É colunista do jornal Zero Hora. Apresenta na rádio Ipanema FM o programa Transmissão de Pensamento. Recebeu por 5 vezes o prêmio Açorianos de Literatura.
Mirna Spritzer é atriz graduada pelo Departamento de Arte Dramática/ Ufrgs em 1982. Doutora em Educação pela UFRGS em 2005. Professora e pesquisadora no Departamento de Arte Dramática e Mestrado em Artes Cênicas da UFRGS. Atriz, diretora e radialista atuante no panorama cultural do Rio Grande do Sul. Entre seus trabalhos destacam-se Mahagonny e A Aurora da minha vida, no teatro e O Bochecha e Os Anchietanos na TV. Desenvolve pesquisa sobre radioteatro. Tem se apresentado como leitora em vários lançamentos de obras da literatura, como A Caverna de e com José Saramago, e livros de Moacyr Scliar e Luiz Antonio de Assis Brasil, entre outros. É autora dos livros A Formação do ator, um diálogo de ações, pela Editora Mediação e Bem Lembrado, histórias do Radioteatro em Porto Alegre, pela Editora AGE.
Dilan Camargo é autor de 18 livros nas áreas da poesia e teatro e também letrista com várias canções gravadas e premiadas em festivais. É mestre em Ciência Política. Com seu último livro BrinCRiar, lançado pela Editora Projeto, de Porto Alegre, ganhou o Troféu Açorianos como melhor livro de literatura Infantil. Foi membro e presidente do Conselho Estadual de Cultura. Fundador, ex-presidente, ex-secretário-geral, e sócio da Associação Gaúcha de Escritores, sócio da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. O escritor ainda apresenta um programa de entrevistas com escritores – AUTORES&LIVROS – na TV Assembleia Legislativa, canal 16 da NET.
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