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17, sexta, 19h: Debate Perspectivas sobre a composição e o estudo de canção popular, com Bianca Obino, Felipe Azevedo, Fernando Lewis de Mattos e Guto Leite. Promoção da Festipoa revisitada.
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O autor de Os famosos e os duendes da morte – segundo Caetano Veloso tem “correnteza de metonímias, condensações, sinestisias dignas de Oswald de Andrade” – faz uma literatura de climas, como sugere o parágrafo abaixo, do novo livro:
“Às vezes, escrever é só um subterfúgio para fugir da morte…eu dentro do carro olho para os primeiros metros de uma estrada que nem os faróis querem iluminar.Parece não haver luz para dar conta de tanta escuridão.”
Ismael Caneppele já é uma das mais importantes revelações da literatura brasileira contemporânea. Além de escrever romances, divide seu tempo desenvolvendo argumentos e roteiros para cinema e viajando para pequenas cidades, preferencialmente cortadas por trilhos de trem. Morou na Alemanha e na Croácia, onde foi assistente de direção em ópera e ator de teatro. “Música para quando as luzes se apagam” é seu primeiro título publicado. Atualmente reside em São Paulo. Seu segundo livro “Os Famosos e os Duendes da Morte” foi filmado pelo diretor Esmir Filho (jovem cineasta premiado em Cannes e criador do Tapa na Pantera). A produção do longa foi feita pela Dezenove Som e Imagens, de Sara Silveira, importante nome do cinema brasileiro. O roteiro é assinado por ele e Esmir Filho.
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VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA A LIÇÃO DO DOUTOR?
1911. Porto Alegre. Dirigíveis gigantescos dominam o céu. Abaixo, o vapor cinzento dos bondes, das fábricas e dos estaleiros ao redor soma-se à fumaça dos charutos, dos cachimbos e das cigarrilhas. Vozes robóticas, barulho de hélices e maquinários misturam-se ao alarido do povo.
De um Zepelin, desembarca Isaías Caminha, um jornalista carioca enviado à cidade para escrever uma matéria sobre o assassino em série Antoine Louison, que há poucos dias assombrava o local com um verdadeiro show de horrores: a exposição dos órgãos de suas vítimas.
A aventura começa depois que o Dr. Louison, finalmente capturado e preso no hospício, desaparece misteriosamente de sua cela de segurança máxima sem deixar vestígios. Nesta busca pelo paradeiro do assassino, Isaías e um grupo de investigadores ainda vão topar com conhecidos do Dr. Louison, pertencentes a uma sociedade secreta de intelectuais, chamada Parthenon Místico, que estão dispostos a tudo para defendê-lo e desmascarar os criminosos.
Esses amigos de Louison são alguns aclamados personagens da literatura brasileira, em brilhante reinvenção: Rita Baiana e Pombinha, de Aluísio Azevedo, Simão Bacamarte, de Machado de Assis, Solfieri, de Álvares de Azevedo, entre outros.
Enéias Tavares tem 32 anos e mora em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. É doutor em Letras e especialista nos Livros iluminados de William Blake. Pesquisador, tradutor e escritor, leciona literatura clássica na Universidade Federal de Santa Maria. De ficção, publicou As idades do homem na Coletânea 40, da editora Libretos. Escreve à noite e à luz de castiçais.
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