Arquivo para novembro \30\America/Sao_Paulo 2012

30
nov
12

Vai rolar na Palavraria, nesta segunda, 05/12: Clube de Leitura

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05, segunda, 19h: Clube de Leitura: Se um viajante numa noite de inverno, de Italo Calvino. Mediação de Jaime Medeiros Júnior.

O Clube de leitura visa reunir, na primeira segunda-feira de cada mês, pessoas interessadas em ler e trocar idéias sobre obras da literatura clássica e contemporânea.

A segunda reunião, que será no dia 3 de dezembro de 2012, terá como foco de discussão o livro Se um viajante numa noite de inverno, de Italo Calvino (disponível na Palavraria). Em cada reunião os participantes escolhem as obras a serem discutidas nos próximos encontros e os respectivos mediadores, que serão sempre alternados.

Os participantes do Clube de Leitura terão um desconto de 10%, ao adquirirem na Palavraria os livros destinados à discussão.

Se um viajante numa noite de inverno – sinopse:

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se um viajante_capa

Nesse romance, Calvino consegue uma proeza notável: unir o prazer voraz da leitura às tortuosas questões da vanguarda literária. No centro de sua preocupação está um tema que os teóricos chamam de “crise da representação”, ou seja, no mundo capitalista contemporâneo, dividido, múltiplo, alienado, não teriam mais lugar os romances tradicionais, com princípio, meio e fim, que constroem personagens e organizam o mundo, dando um sentido às coisas. O leitor de hoje estaria condenado ou à leitura espinhosa de obras que se debruçam sobre si mesmas e procuram desesperadamente uma saída para a literatura, ou à superficialidade descartável das obras de simples entretenimento. Calvino “socorre” esse leitor que é inquieto e exigente mas que gostaria que os autores escrevessem livros “como uma macieira faz maçãs”. Para isso, faz do próprio leitor seu personagem principal, cuja grande missão é ler romances. E tal como você, leitor(a), ele entra numa livraria e compra este livro: Se um viajante numa noite de inverno. É aí que começa a história.
Prêmio Jabuti 1993 de Melhor Produção Editorial de Obra em Coleção

italo calvinoItalo Calvino. Nasceu em Santiago de Las Vegas, Cuba, em 1923, tendo ido logo a seguir para a Itália. Participou da resistência ao fascismo durante a guerra e foi membro do Partido Comunista até 1956. Em 1946 instalou-se em Turim, onde doutorou-se com uma tese sobre Joseph Conrad. Publicou sua primeira obra, Il sentiero dei nidi di ragno, em 1947. Com O visconde partido ao meio, lançado em 1952, o autor abandonou o neo-realismo dos primeiros livros e começou a explorar a fábula e o fantástico, elementos que marcariam profundamente a sua obra. Nos anos 60 e 70 aprofundou suas experiências formais em livros como As cidades invisíveis e Se um viajante numa noite de inverno. Considerado um dos maiores escritores europeus deste século, morreu em 1985.

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jaime medeiros júniorJaime Medeiros Jr (1964). Médico pediatra. Escritor portoalegrense. Publicou Na ante-sala (poemas, 2008) e Retrato de um tempo à meia-luz (crônicas, Modelo de Nuvem, 2012). Publica no seu blog Simples Hermenáutica.

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30
nov
12

Aconteceu na Palavraria, nesta quinta, 29/11: lançamento da revista Rabisco 2

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Aconteceu na Palavraria,  nesta quinta, 29, lançamento da revista Rabisco 2, com José Outeiral. Fotos do evento.

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29
nov
12

Vai rolar na Palavraria, neste sábado, 01/12: Lançamento do livro Literatura e psicanálise

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01, sábado, 18h: Lançamento do livro Literatura e psicanálise: Encontros contemporâneos, organizado porAna Maria Lisboa de Mello, Ricardo Timm de Souza, Marcelo Leandro dos Santos, André Brayner de Farias e Camila Gonzatto da Silva.  (Ed. Dublinense)

Acadêmicos das mais variadas procedências — filosofia, literatura, psiquiatria, psicanálise, ciências jurídicas, criminologia, cinema — provocam os mais diversos e inusitados encontros, que atravessam dois dos maiores campos de força do pensamento contemporâneo: psicanálise e literatura.

Autores: Alcira Beatriz Bonilla, Alexandre Pandolfo, Almerindo Antônio Boff, André Brayner de Farias, Augusto Jobim do Amaral, Camila Gonzatto da Silva, Christian Otto Muniz Nienov, Daniel Fraga de Castro, Eneida Cardoso Braga, Estevan de Negreiros Ketzer, Fabio Caprio Leite de Castro, Gustavo Oliveira de Lima Pereira, Honatan Fajardo Cabrera, Juliana Teixeira Grünhäuser, Luciano Assis Mattuella, Manuela Sampaio de Mattos, Marcelo Leandro dos Santos, Márcio Seligmann-Silva, Marco Antonio de Abreu Scapini, Maria Alice Timm de Souza, Marília Martta Kuhn, Moysés Pinto Neto, Oneide Perius, Ricardo Jacobsen Gloeckner, Ricardo Timm de Souza, Roberson Rosa dos Santos.

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28
nov
12

A crônica de Guto Piccinini: Sobre a morte (3)

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Sobre a morte III, por Guto Piccinini

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Estávamos a caminho. Falávamos pouco, como sutil estratégia para não perder o fino equilíbrio conquistado após as primeiras horas do baque. Não é preciso presenciar a cena para ouvirmos o corpo caindo. Ele cai nos olhos das pessoas queridas, ele cai na expressão de uma dor sem sentido, de uma dor sem destino certo. Permaneço na estratégia (mais seguro, penso). Algo em mim dói um pouco também, não autorizo a saída, permaneço na estratégia. Seguimos como se pode. Não é muito, mas por hora, o suficiente. Chegamos.

Na saída do carro, no caminho até o encontro inevitável, sou levado pelo assombro da curiosidade. Confesso, um pouco fora de hora, mas é engraçado como a memória persiste em momentos onde a palavra é puro desconforto. É preciso urgente procurar sentido, onde o sentir é um mar que nos invade sem escrúpulos. A ilusão do abraço é o conforto ambíguo, embora inevitável. Um leve carinho ao redor da ponta do dedo, um sorriso marejado. Fico surpreso com estes finos movimentos que encontram no corpo do outro um destino possível. Algo permanece nesta dança silenciosa, onde o acordo tácito é estar presente, por si e pelos outros. Alguns dias após este encontro inevitável, li uma frase de Freud que reavivou a memória sobre este dia. Dizia ele que a existência da alma poderia estar relacionada a permanência na memória das cenas, histórias e acontecimentos. Como falar da passagem, sem a permanência? A ausência é a marca de uma presença que falta.

Habitávamos as incongruências de mais um dia. Ela me olha e chora, sente um pouco de vergonha (eu sei: eu sinto, e ela me diz), e eu digo o que é preciso ser dito. Conta que todos os dias, por volta das seis horas da tarde, ele caminhava do centro até sua casa carregando consigo uma sacola recheada de caquis. Diz ela que, quando mais nova, comeu tantos que passou um bom tempo sem poder sentir o cheiro. Não deixo de pensar que a beleza desta caminhada não se encerra, ainda que nos demos conta, e vomitamos, que um caqui nunca mais será o mesmo.

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Guto Piccinini, psicólogo, mestre em psicologia social e frequentador da Palavraria. Atualmente experimentando palavras.

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28
nov
12

Vai rolar na Palavraria, nesta quinta, 29/11: Lançamento da revista Rabisco 2

program sem

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29, quinta, 19h: Lançamento da Rabisco 2 – Revista de Psicanálise.

Este volume 2 da Revista Rabisco é dedicada ao pensamento  de Anna Freud e André Green. A proposta é favorecer um campo de expressão onde suas contribuições possam ser pensadas e repensadas. Estes dois autores, com obras distintas, têm em comum o fato de terem sido profundamente marcados pela história institucional da psicanálise, sem que isto inibisse suas capacidades de contribuição para o desenvolvimento da psicanálise.

Anna nascida em Viena, em três de dezembro de 1895, contemporaneamente à psicanálise; talvez, simbolicamente, as duas “filhas gêmeas” de Sigmund Freud. A obra de Anna Freud expressa características de uma ciência que se transformava, mas que ainda precisava zelar por sua continuidade.

André Green nascido no Cairo, em 12 de março de 1927, faz parte de uma geração que, apesar dos embates políticos das diferentes correntes da psicanálise, já podia arriscar conceitualmente.

Ambos essenciais para que a psicanálise de hoje seja consistente e, na mesma medida, flexível, capaz de suportar as diferenças e somar contribuições.

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27
nov
12

Aconteceu na Palavraria, nesta terça, 27/11: Era uma vez… um editor, entrevista de Ivan Pinheiro Machado a Cláudia Tajes

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Festipoa Revisitada e Sampleada promoveu na Palavraria, nesta terça, 27, Era uma vez… um editor,  entrevista de Ivan Pinheiro Machado – editor da L&PM, à escritora Cláudia Tajes. Fotos do evento.

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26
nov
12

Vai rolar na Palavraria, nesta quarta, 28/11: Lançamento de livros da coleção Leituras obrigatórias UFRGS 2013, da Editora Leitura XXI

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28, quarta, 19h: Lançamento dos livros O Guardador de Rebanhos, de Fernando Pessoa (Alberto Caieiro) e Memória de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Edições críticas assinadas respectivamente pelos professores Pedro Gonzaga e Guto Leite, fazem parte da coleção Leituras Obrigatórias UFRGS 2013, da Editora Leitura XXI. Com Pedro Gonzaga e Guto Leite.

Atribuída a Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos é uma das obras fundamentais de Fernando Pessoa. Nesta edição, além do texto completo, o leitor encontrará uma análise crítica da poética e do significado dos versos realizada pelo professor Pedro Gonzaga.
Número de Páginas:  95 páginas.
Formato :     12,5 x 17,5cm
Preço de capa: 12,00
Isbn: 978 85 86880 186

Verdadeiro clássico que possibilita a emergência literária da malandragem brasileira, Memórias de um sargento de milícias encontra em Guto Leite um leitor arguto que examina a natureza do romance e o comenta de forma esplendidamente didática.
Número de Página: 175 páginas.
Formato:  14x21cm
Preço: 17,00
Isbn: 978 8586880 179

Pedro Gonzaga é músico, tradutor e escritor. Já verteu para o português nomes como Conan Doyle, Patricia Highsmith, Raymond Chandler e Charles Bukowski. É autor dos livros de contos Cidade Fechada, Editora Leitura XXI, 2004 e Dois Andares: Acima!, Editora Novo Século, 2007, e dos poemas de A última temporada, Editora ArdoTempo, 2011. Participou ainda de diversas coletâneas digitais e impressas.

Guto Leite. Poeta, músico, compositor, professor. Poeta dos livros “zero um” (2010), “Poemas Lançados Fora” (7Letras, 2007), “Sintaxe da Última Hora” (Scortecci, 2006) e “Reflexos” (FEME, 2000), além de premiado em concursos literários e presente em diversas coletâneas de poesia. Indicado ao Prêmio Açorianos (Categoria Poesia) no ano de 2010. Co-roteirista dos filmes de curta-metragem “Estado Senil” (2009), “Revés” (2008) e “Bons sonhos, Maria”(2006). Argumentista da personagem Júlio César, publicado em setembro de 2010 pela revista independente “Eixada” e em julho de 2011 na coletânea “O melhor da festa, volume 3″. Linguista pela Unicamp, especialista, mestre e doutorando em Literatura Brasileira pela UFRGS. Atualmente trabalha como professor temporário de Literatura Brasileira na UFRGS.

www.gutoleite.com.br.

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26
nov
12

Vai rolar na Palavraria, nesta terça, 27/11: Era uma vez… um editor, na Festipoa revisitada

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27, terça, 19h: Festipoa revisitada e sampleada: Era uma vez… um editor – Cláudia Tajes entrevista Ivan Pinheiro Machado

No encontro, “Era uma vez… um editor”, com a mediação de Cláudia Tajes, Ivan falará a respeito de seu trabalho, junto com Paulo Lima, no comando da editora L&PM, desde quando a editora foi inaugurada, em 1974, com a publicação de “Rango” (Edgar Vasques), passando pela realização da mais bem-sucedida coleção de livros pockets do país até os e-books dos dias atuais.

Ivan Pinheiro Machado é fundador e editor da Editora L&PM.

Claudia Tajes trabalha em criação publicitária, escreveu alguns roteiros para televisão e tem 6 livros publicados: Dores, Amores e Assemelhados, Dez (Quase) Amores, As Pernas de Úrsula, Vida Dura, A Vida Sexual da Mulher Feia e Louca por Homem. Faz parte do grupo de apresentadores do Sarau Elétrico.

Entrada franca

 

FestiPoa Literária revisitada e sampleada é a retomada de parte da programação do evento, com a presença de alguns dos artistas que participaram de sua 5ª edição em abril deste ano, e a oportunidade que o público leitor está tendo de acompanhar a festa literária ao longo de todo o segundo semestre. Temas, reflexões, debates e livros, que estiveram na pauta da última edição, recebem novas abordagens dos convidados, e os escritores revisitam assuntos e textos seus e de outros autores, contemporâneos ou clássicos. A organização da FestiPoa, que prepara a 6ª edição do evento para maio de 2013, pretende manter à tona e aquecidos debates sobre a produção literária atual, destacar livros lançados pós-abril e experimentar situações e atividades que poderão fazer parte do evento em 2013.

Conheça a FestiPoa Literária: www.festipoaliteraria.com

E acompanhe as novidades no blog http://festipoaliteraria.blogspot.com/ no facebook/festipoa e no twitter

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Cabaré do Verbo: http://cabaredoverbo.blogspot.com

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26
nov
12

A crônica de Emir Ross: Outubro

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Outubro, por Emir Ross

 

Em outubro sempre acontecem duas coisas.

Um: sou demitido.

Dois: faço aniversário.

Outubro sempre é especial. É o mês do começo da Feira do Livro de Porto Alegre. É o mês que antecede ao atraso nas contas. À criatividade para encontrar presentes de final de ano por preços módicos. De preferência negativos. Se souberem de alguém que pague para eu retirar presentes, topo.

Já decidi. Dei-me mais um ano. Vou fazer exatamente o mesmo. Vou arranjar trabalho. Alguma coisa que pague a luz, o plano de saúde e o condomínio. Escrever não dá dinheiro. Só preciso pagar luz, plano de saúde e condomínio. Supermercado não precisa. Inscrevi-me no Medida Certa do Fantástico.

Dei-me mais um ano. Se outubro do ano que vem chegar e, novamente, eu for demitido e fizer aniversário, tomo uma decisão definitiva.

Viro vagabundo profissional.

E exigirei salário.

Farei um projeto de lei.

Vagabundo precisa virar profissão.

De preferência com carteira assinada.

Quero INSS. Férias. Décimo terceiro. Décimo quarto e quinto. Horários flexíveis. Ser vagabundo não é fácil. Tenho visto.

Mas estou decidido. É meu futuro. Escrever não dá dinheiro. Ter emprego não dá dinheiro. Não tenho coluna nos tabloides de Porto Alegre. Vou esperar mais um ano. Em dois de janeiro procuro ocupação. Quando for demitido, em outubro do ano vem, alguns dias antes do meu aniversário, assumo meu novo cargo. Empregador adora demitir antes do aniversário das pessoas. Economiza com o presente. Nunca ganhei presente.

Vou virar vagabundo profissional.

Até lá, quem tiver um jornal, ou uma coluna vaga, me avise.

 

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Emir Ross é publicitário e escritor e mora em Porto Alegre. Tem participação em 9 antologias de contos e recebeu mais de 20 prêmios literários. Entre eles, o Felippe d’Oliveira em Santa Maria (3 vezes), o Escriba de Piracicaba (2 vezes), o Luiz Vilela de Minas Gerais (2 vezes), o José Cândido de Carvalho do Rio de Janeiro (2 vezes), o Prêmio Araçatuba, entre outros. Escreve no blog milkyway.

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Emir Ross publica quinzenalmente neste blog.

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25
nov
12

Aconteceu na Palavraria, neste sábado, 24/11, sarau poético musical

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Aconteceu na Palavraria, neste sábado, 24, Sarau de Poesias com alunos de Charles Kiefer, da turma de Produção de Textos Poéticos – PUC. Participaram Fernanda Vier, Giordano Tronco, Tassiana Tartarelli, Denise Garateguy, André Antunes, Simone Kniphoff, Lorran Perry e Maurício Salomon. Fotos do evento.

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