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14, sábado, 11h: Lançamento do livro Partituras, de Cassiano Rodka (Editora Buqui)
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Leitura | A melhor maneira de dizer tudo em 6 minutos
17h24 – CLÁUDIA TAJES
Claudia Tajes nasceu em Porto Alegre em 1963. Redatora publicitária, estreou na literatura com Dez (Quase) Amores (L&PM Editores, 2000). Seguiram-se As Pernas de Úrsula & Outras Possibilidades (L&PM Editores, 2001) e o romance Dores, Amores & Assemelhados (L&PM Editores, 2002), A vida sexual da mulher feia (2005), Louca por homem(L&PM 2011), Vida dura (L&PM POCKET, 2008) e Só as mulheres e as baratas sobreviverão (L&PM Editores, 2009), Por isso eu sou vingativa (2011) e Sangue quente (2013). Além de escritora, Claudia Tajes é roteirista da Globo e em 2011 teve seu livro Louca por homemadaptado para uma série no canal HBO chamado Mulher de fases.
Sarau das 6
17h30 – JEFERSON TENÓRIO, GABRIELA SILVA e LÍGIA SÁVIO recebem CÍNTIA MOSCOVICH e MARCELINO FREIRE
Cíntia Moscovich é escritora, jornalista e mestre em Teoria Literária. Foi diretora do Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul. Em 1995, foi a ganhadora do Concurso de Contos Guimarães Rosa, da Rádio France Internationale, de Paris. Publicou O reino das cebolas, 1996 – indicação para o Prêmio Jabuti; Duas iguais: Manual de amores e equívocos assemelhados, 1998 – Prêmio Açorianos de narrativa longa; Anotações durante o incêndio, 2000 – Prêmio Açorianos, na modalidade de contos; Arquitetura do arco-íris, 2004 – Prêmios Portugal Telecom e Jabuti -2005; Por que sou gorda, mamãe? – 2006 e Mais ou menos normal – 2007.
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19h24 – ALTAIR MARTINS lê MARCELINO FREIRE
Altair Martins nasceu em Porto Alegre, em 1975. É bacharel em letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – ênfase em tradução de língua francesa –, mestre e doutor em Literatura Brasileira na mesma área pela mesma universidade. Ministrou a disciplina de Conto no curso superior de Formação de Escritores da UNISINOS. Como escritor, estreou com a antologia de contos Como se moesse ferro (1999), seguida de Se choverem pássaros. A parede no escuro, seu primeiro romance, foi vencedor do segundo Prêmio São Paulo de Literatura, na categoria primeiro romance, em 2009. Com seus livros anteriores, Altair Martins também foi vencedor do PrêmioGuimarães Rosa da Radio France Internationale, em 1999, do Prêmio Luiz Vilela e do Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães, em 2001 e do Prêmio Açorianos na categoria Contos. Foi também finalista do Prêmio Jabuti em na categoria crônicas em 2001 com o livro Como se moesse ferro. A parede no escuro foi o vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2009 na categoria melhor romance de estréia. Tem textos publicados em Portugal, Itália, França, EUA e Argentina.
Mesa 6
19h30 – Escrita política, conversa de JOÃO SILVÉRIO TREVISAN e ALTAIR MARTINS. Mediação: MARCELINO FREIRE
João Silvério Trevisan (Ribeirão Bonito SP 1944). Romancista, contista, ensaísta, roteirista, cineasta e tradutor. Inicia a trajetória no cinema ao participar de filmagens como assistente de produção, responsável por trilhas sonoras de filmes do cineasta João Baptista de Andrade (1939), ao adaptar textos para roteiros, escrever e dirigir curtas e médias-metragens. Em 1971, escreve e dirige o longa-metragem Orgia ou o Homem que Deu Cria. Dois anos mais tarde, viaja para a Califórnia, Estados Unidos, e entra em contato com o movimento gay organizado e com a mídia especializada nessa temática. Escreve os contos do livro Testamento de Jônatas Deixado a Davi, que publica na volta ao Brasil, em 1976. Em 1978, militando no movimento gay, organiza o grupo Somos pelos Direitos dos Homossexuais Brasileiros, e funda o jornal temático Lampião da Esquina, para integrar pontos de vista não somente de homossexuais, mas também de outros grupos excluídos. Em 1982, atendendo à demanda da editora britânica Gay Men’s Press – GMP, começa uma intensa pesquisa para escrever uma história da homossexualidade no Brasil, Devassos no Paraíso, lançada em 1986 simultaneamente na Inglaterra e no Brasil. Nesse ínterim, escreve seus dois primeiros romances: Em Nome do Desejo e Vagas Notícias de Melinha Marchiotti. Entre 1998 e 2005 realiza uma série de oficinas literárias para o Serviço Social do Comércio de São Paulo – Sesc/SP.
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Por que reescrever os próprios poemas? Por que variar infinitamente as versões de um mesmo texto? Herberto Helder ou o poema contínuo, interminável. O livro em si mesmo “flutua”, o livro é sempre “em suspensão” (diz ele em uma carta). A revisita dos próprios textos e a criação de um lugar, uma casa ou um pequeno refúgio, mas que seja, ao mesmo tempo, móvel e (imprevisivelmente) rearranjável. Helder, Beckett, Ana Cristina Cesar e, aqui, Manoel Ricardo de Lima, nesta Geografia aérea, um mapa que se refaz: os poemas que vieram antes já em vista do que veio depois; em vista do que, antes, era imprevisto. Não se trata de uma antologia, diz Manoel, mas desta vista aérea, que cata alguns pontos notáveis, escolhe alguns e revisita. E há também inéditos, numa sequência intitulada “Lâminas” (2013). E um fio que percorre todos os poemas, fio no entanto quebrado: “fio que desorienta o horizonte” (Falas inacabadas). Mas fio que diz de um percurso poético que é este: desorientar o horizonte previsto. Fazer a palavra vincar o deserto, apagar o nome, perfurar (ou rasurar) a paisagem: “onde vinco o deserto onde o nome se apaga”.
Manoel Ricardo de Lima é Professor Adjunto de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO, atuando na Escola de Letras [CLA] e no Programa de Pós-Graduação em Memória Social [PPGMS]. Pós-Doutor [2010] e Doutor em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC [2008], Mestre em Letras pela Universidade Federal do Ceará, UFC [1998] e Graduado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará, UECE [1994]. Publicou os livros de poesia Falas inacabadas – objeto e um poema, Um livro – Transparência (com Élida Tessler), Embrulho, Quando todos os acidentes acontecem, Jogo de varetas/As mãos, e os ensaios Entre percurso e vanguarda – Alguma poesia de Paulo Leminski, 55 começos e Fazer lugar – a poesia de Ruy Belo.
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18h30 – LUISA GEISLER, WILSON FREIRE, LIMA TRINDADE conversam sobre suas obras. Mediação: REGINALDO PUJOL FILHO. Lançamentos de “Única voz”, de Wilson Freire, e “O retrato ou Um pouco de Henry James não faz mal a ninguém”, de Lima Trindade
Luisa Geisler nasceu em Canoas-RS, mas passa dois terços de seu tempo em Porto Alegre, estudando Relações Internacionais. Aos 19 anos de idade, ganhou o Prêmio SESC de Literatura de 2010 na categoria conto, pelo seu livro de estreia, Contos de mentira. No ano seguinte, repetiu a dose vencendo o prêmio de melhor romance com Quiçá. Em 2012 foi incluída na antologia Os melhores jovens escritores brasileiros, editada pela revista Granta. Foi a mais jovem autora selecionada para a coleção
Wilson Freire de Lima, nascido em São José do Egito, é médico, produtor cultural, poeta, cordelista, roteirista, cineasta e compositor. A única voz, seu mais recente livro, com edição artesanal em papelão feita pela Mariposa Cartonera, é uma ficção que se passa no período da ditadura. Em Recife começou a militância artística junto ao Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco (MEIPE) participando de encontros e recitais. Seu livro Por que mãe Morena? foi um dos que obtiveram maior visibilidade na época e os martelos agalopados ganhavam vida na recitação do poeta. É um compositor refinado e tem como um dos seus parceiros o multiartista Antonio Carlos Nóbrega.
Lima Trindade nasceu em Brasília e está radicado em Salvador desde 2002. É contista, romancista e editor da revista eletrônica Verbo 21. Publicou os livros Todo o sol mais o Espírito Santo (2005), Supermercado da Solidão (2005) e Corações blues e serpentinas (2007). Ao ter seu nome incluído na antologia Geração Zero Zero: fricções em rede (2011), o escritor e crítico literário Nelson de Oliveira o considerou como um dos autores nacionais mais relevantes surgidos a partir do ano 2000. Participou ainda das coletâneas As baianas, com o conto A piriguete de Ondina, e 82 – uma copa, quinze histórias, com o conto Toda a arte do futebol. Tem inédito o romance A cidade e os nomes. O retrato ou Um pouco de Henry James não faz mal a ninguém é um conto que transita em diversas tradições do gênero: relato de viagem, história de amor, realismo mágico e crônica de costumes… além de costurar fatos históricos e ficção. “Seria o encontro e o confronto de culturas. A história começa com dois brasileiros em Portugal. Por isso a brincadeira com o subtítulo [Um pouco de Henry James não faz mal a ninguém], pois o atrito entre o velho e o novo era um de seus principais temas. De uma maneira ou de outra isso acaba se referindo à forma”.
Reginaldo Pujol Filho, escritor portoalegrense, tem dois livros de contos publicados, Azar do Personagem e Quero ser Reginaldo Pujol Filho e é o organizador da antologia Desacordo ortográfico. Mantem o blog Por causa dos elefantes.
Leituras de poemas e lançamentos
20h – PAULO RIBEIRO, MIRÓ DE MURIBECA e RODRIGO GARCIA LOPES participam de leituras e lançam os livros “O passo do socorro”, “Miró até agora” e “Estúdio realidade”.
Paulo Ribeiro. Doutor em Letras pela PUC-RS, jornalista, leciona na Universidade de Caxias do Sul. Estreou em 1989 com o romance Glaucha. Recebeu o Prêmio Henrique Bertaso por Vitrola dos Ausentes, melhor narrativa longa, em 1994, ano em que a mesma novela foi indicada para o Prêmio Açorianos de Literatura. Da estreia até o presente, além manter coluna de crônicas no jornal Pioneiro de Caxias do Sul, vem consolidando sua obra – que soma 15 livros – em publicações individuais e coletivas com novelas, contos, crônicas e ensaios. Com ilustrações do próprio autor, o fio condutor de ‘O Passo do Socorro’ é o movimento que há entre o cotidiano (passo) e um possível sentido para a vida (socorro). “O socorro é a poesia. Ela vem para nos salvar. É o que sobra dessa trajetória, porque precisamos de alguma razão para estarmos aqui. E quem nos dá essa razão é a poesia”, enfatiza. Conforme Paulo, as gravuras do livro reforçam a reprodução do cotidiano que há por detrás do movimento da escrita. “Quando eu dou esse impulso, eu estou representando. Os poemas e as gravuras são uma representação da realidade”.
Miró da Muribeca nasceu em 1962 no Recife, no bairro da Encruzilhada. Morador da Muribeca, escreve desde 1985 e tem 7 livros lançados: Que descobriu azul anil (1985), Ilusão de ética (1993), Entrando pra fora e saindo pra dentro (1995), Quebra a direita segue a esquerda e vai em frente (1997), São Paulo eu te amo mesmo andando de ônibus (2001), Poemas pra sentir tesão ou não (2002), Pra não dizer que não falei de flúor (2004). Costuma apresentar recitais por todas as esquinas.
Rodrigo Garcia Lopes (Londrina, PR) é poeta, compositor, tradutor e jornalista. É autor dos livros de poemas Solarium (1994), Visibilia (1996), Polivox (2001), Poemas seleciados (2001) e Nômade (2004). É Mestre em Humanidades Interdisciplinares pela Arizona State University, com tese sobre os romances de William Burroughs, e Doutor em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina, com tese sobre a poeta e filósofa modernista norte-ameriana Laura Riding. EM 1997 lançou Vozes & Visões: Panorama da Arte e Cultura Norte-Americanas Hoje, com 19 entrevistas com personalidades da cultura e literatura norte-americana. Como tradutor, publicou Sylvia Plath: Poemas (1990) e Iluminuras: Gravuras Coloridas, de Arthur Rimbaud (1994), ambos com Maurício Arruda Mendonça. Em 2004 traduziu e organizou os livros Minscapes: Poemas de Laura Riding (2004), O navegante (do anônimo anglo-saxão, 2004). Em 2005 publicou Leaves of Grass/Folhas de relva, de Walt Whitman e, em 2007, Ariel, de Sylvia Plath (com Cristina Macedo). Músico e compositor, em 2001 lançou o CD Polivox (independente) e nos anos seguintes se apresentou com show homônimo em várias capitais brasileiras. De 2006 a 2008 foi professor do departamento de Romance Languages da Universidade da Carolina do Norte-Chapel Hill (Estados Unidos). Em 2013 lançou seu segundo CD, Canções do Estúdio Realidade. Há onze anos edita, com Marcos Losnak e Ademir Assunção, a revista de arte e literatura Coyote. “Assaltem o Estúdio Realidade e retomem o universo” – a frase de William Burroughs dá o título para o novo livro de poemas de Rodrigo Garcia Lopes. Repleto de experimentações intertextuais, Estúdio realidade reúne poemas intensos e marcantes, nos quais toma corpo uma vibrante sinfonia de estilos, dicções, ritmos e formas. “Estúdio Realidade”, “Vórtex”, “Pensagens” , “Quarto Escuro” e “24 Aforismos Sobre Poesia” são as seções em que a obra se divide, e na qual Rodrigo Garcia Lopes explora diversas formas poéticas –como o poema em prosa, o epigrama, o oríkì africano,o haicai, o poema visual. Intercalando polifonias e múltiplos sentidos, estes versos se destacam pela heterogeneidade – numa obra que se destaca pela singularidade e pelo olhar sensível do autor.
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Por que reescrever os próprios poemas? Por que variar infinitamente as versões de um mesmo texto? Herberto Helder ou o poema contínuo, interminável. O livro em si mesmo “flutua”, o livro é sempre “em suspensão” (diz ele em uma carta). A revisita dos próprios textos e a criação de um lugar, uma casa ou um pequeno refúgio, mas que seja, ao mesmo tempo, móvel e (imprevisivelmente) rearranjável. Helder, Beckett, Ana Cristina Cesar e, aqui, Manoel Ricardo de Lima, nesta Geografia aérea, um mapa que se refaz: os poemas que vieram antes já em vista do que veio depois; em vista do que, antes, era imprevisto. Não se trata de uma antologia, diz Manoel, mas desta vista aérea, que cata alguns pontos notáveis, escolhe alguns e revisita. E há também inéditos, numa sequência intitulada “Lâminas” (2013). E um fio que percorre todos os poemas, fio no entanto quebrado: “fio que desorienta o horizonte” (Falas inacabadas). Mas fio que diz de um percurso poético que é este: desorientar o horizonte previsto. Fazer a palavra vincar o deserto, apagar o nome, perfurar (ou rasurar) a paisagem: “onde vinco o deserto onde o nome se apaga”.
Manoel Ricardo de Lima é Professor Adjunto de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO, atuando na Escola de Letras [CLA] e no Programa de Pós-Graduação em Memória Social [PPGMS]. Pós-Doutor [2010] e Doutor em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC [2008], Mestre em Letras pela Universidade Federal do Ceará, UFC [1998] e Graduado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará, UECE [1994]. Publicou os livros de poesia Falas inacabadas – objeto e um poema, Um livro – Transparência (com Élida Tessler), Embrulho, Quando todos os acidentes acontecem, Jogo de varetas/As mãos, e os ensaios Entre percurso e vanguarda – Alguma poesia de Paulo Leminski, 55 começos e Fazer lugar – a poesia de Ruy Belo.
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17h24 – CLÁUDIA TAJES
Sarau das 6
17h30 – JEFERSON TENÓRIO, GABRIELA SILVA e LÍGIA SÁVIO recebem CÍNTIA MOSCOVICH e MARCELINO FREIRE
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19h24 – ALTAIR MARTINS lê MARCELINO FREIRE
Mesa 6
19h30 – Escrita política, conversa de JOÃO SILVÉRIO TREVISAN e ALTAIR MARTINS. Mediação: MARCELINO FREIRE
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18h30 – LUISA GEISLER, WILSON FREIRE, LIMA TRINDADE conversam sobre suas obras. Mediação: REGINALDO PUJOL FILHO. Lançamentos de “Única voz”, de Wilson Freire, e “O retrato ou Um pouco de Henry James não faz mal a ninguém”, de Lima Trindade
Luisa Geisler nasceu em Canoas-RS, mas passa dois terços de seu tempo em Porto Alegre, estudando Relações Internacionais. Aos 19 anos de idade, ganhou o Prêmio SESC de Literatura de 2010 na categoria conto, pelo seu livro de estreia, Contos de mentira. No ano seguinte, repetiu a dose vencendo o prêmio de melhor romance com Quiçá. Em 2012 foi incluída na antologia Os melhores jovens escritores brasileiros, editada pela revista Granta. Foi a mais jovem autora selecionada para a coleção
Wilson Freire de Lima, nascido em São José do Egito, é médico, produtor cultural, poeta, cordelista, roteirista, cineasta e compositor. A única voz, seu mais recente livro, com edição artesanal em papelão feita pela Mariposa Cartonera, é uma ficção que se passa no período da ditadura. Em Recife começou a militância artística junto ao Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco (MEIPE) participando de encontros e recitais. Seu livro Por que mãe Morena? foi um dos que obtiveram maior visibilidade na época e os martelos agalopados ganhavam vida na recitação do poeta. É um compositor refinado e tem como um dos seus parceiros o multiartista Antonio Carlos Nóbrega.
Lima Trindade nasceu em Brasília e está radicado em Salvador desde 2002. É contista, romancista e editor da revista eletrônica Verbo 21. Publicou os livros Todo o sol mais o Espírito Santo (2005), Supermercado da Solidão (2005) e Corações blues e serpentinas (2007). Ao ter seu nome incluído na antologia Geração Zero Zero: fricções em rede (2011), o escritor e crítico literário Nelson de Oliveira o considerou como um dos autores nacionais mais relevantes surgidos a partir do ano 2000. Participou ainda das coletâneas As baianas, com o conto A piriguete de Ondina, e 82 – uma copa, quinze histórias, com o conto Toda a arte do futebol. Tem inédito o romance A cidade e os nomes. O retrato ou Um pouco de Henry James não faz mal a ninguém é um conto que transita em diversas tradições do gênero: relato de viagem, história de amor, realismo mágico e crônica de costumes… além de costurar fatos históricos e ficção. “Seria o encontro e o confronto de culturas. A história começa com dois brasileiros em Portugal. Por isso a brincadeira com o subtítulo [Um pouco de Henry James não faz mal a ninguém], pois o atrito entre o velho e o novo era um de seus principais temas. De uma maneira ou de outra isso acaba se referindo à forma”.
Reginaldo Pujol Filho, escritor portoalegrense, tem dois livros de contos publicados, Azar do Personagem e Quero ser Reginaldo Pujol Filho e é o organizador da antologia Desacordo ortográfico. Mantem o blog Por causa dos elefantes.
Leituras de poemas e lançamentos
20h – PAULO RIBEIRO, MIRÓ DE MURIBECA e RODRIGO GARCIA LOPES participam de leituras e lançam os livros “O passo do socorro”, “Miró até agora” e “Estúdio realidade”.
Paulo Ribeiro: Doutor em Letras pela PUC-RS, jornalista, leciona na Universidade de Caxias do Sul. Estreou em 1989 com o romance Glaucha. Recebeu o Prêmio Henrique Bertaso por Vitrola dos Ausentes, melhor narrativa longa, em 1994, ano em que a mesma novela foi indicada para o Prêmio Açorianos de Literatura. Da estreia até o presente, além manter coluna de crônicas no jornal Pioneiro de Caxias do Sul, vem consolidando sua obra – que soma 15 livros – em publicações individuais e coletivas com novelas, contos, crônicas e ensaios. Com ilustrações do próprio autor, o fio condutor de ‘O Passo do Socorro’ é o movimento que há entre o cotidiano (passo) e um possível sentido para a vida (socorro). “O socorro é a poesia. Ela vem para nos salvar. É o que sobra dessa trajetória, porque precisamos de alguma razão para estarmos aqui. E quem nos dá essa razão é a poesia”, enfatiza. Conforme Paulo, as gravuras do livro reforçam a reprodução do cotidiano que há por detrás do movimento da escrita. “Quando eu dou esse impulso, eu estou representando. Os poemas e as gravuras são uma representação da realidade”.
Miró da Muribeca nasceu em 1962 no Recife, no bairro da Encruzilhada. Morador da Muribeca, escreve desde 1985 e tem 7 livros lançados: Que descobriu azul anil (1985), Ilusão de ética (1993), Entrando pra fora e saindo pra dentro (1995), Quebra a direita segue a esquerda e vai em frente (1997), São Paulo eu te amo mesmo andando de ônibus (2001), Poemas pra sentir tesão ou não (2002), Pra não dizer que não falei de flúor (2004). Costuma apresentar recitais por todas as esquinas.
Rodrigo Garcia Lopes (Londrina, PR) é poeta, compositor, tradutor e jornalista. É autor dos livros de poemas Solarium (1994), Visibilia (1996), Polivox (2001), Poemas seleciados (2001) e Nômade (2004). É Mestre em Humanidades Interdisciplinares pela Arizona State University, com tese sobre os romances de William Burroughs, e Doutor em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina, com tese sobre a poeta e filósofa modernista norte-ameriana Laura Riding. EM 1997 lançou Vozes & Visões: Panorama da Arte e Cultura Norte-Americanas Hoje, com 19 entrevistas com personalidades da cultura e literatura norte-americana. Como tradutor, publicou Sylvia Plath: Poemas (1990) e Iluminuras: Gravuras Coloridas, de Arthur Rimbaud (1994), ambos com Maurício Arruda Mendonça. Em 2004 traduziu e organizou os livros Minscapes: Poemas de Laura Riding (2004), O navegante (do anônimo anglo-saxão, 2004). Em 2005 publicou Leaves of Grass/Folhas de relva, de Walt Whitman e, em 2007, Ariel, de Sylvia Plath (com Cristina Macedo). Músico e compositor, em 2001 lançou o CD Polivox (independente) e nos anos seguintes se apresentou com show homônimo em várias capitais brasileiras. De 2006 a 2008 foi professor do departamento de Romance Languages da Universidade da Carolina do Norte-Chapel Hill (Estados Unidos). Em 2013 lançou seu segundo CD, Canções do Estúdio Realidade. Há onze anos edita, com Marcos Losnak e Ademir Assunção, a revista de arte e literatura Coyote. “Assaltem o Estúdio Realidade e retomem o universo” – a frase de William Burroughs dá o título para o novo livro de poemas de Rodrigo Garcia Lopes. Repleto de experimentações intertextuais, Estúdio realidade reúne poemas intensos e marcantes, nos quais toma corpo uma vibrante sinfonia de estilos, dicções, ritmos e formas. “Estúdio Realidade”, “Vórtex”, “Pensagens” , “Quarto Escuro” e “24 Aforismos Sobre Poesia” são as seções em que a obra se divide, e na qual Rodrigo Garcia Lopes explora diversas formas poéticas –como o poema em prosa, o epigrama, o oríkì africano,o haicai, o poema visual. Intercalando polifonias e múltiplos sentidos, estes versos se destacam pela heterogeneidade – numa obra que se destaca pela singularidade e pelo olhar sensível do autor.
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Esta é a história da Sofia e da Mônica, mais ou menos como elas contaram ao autor. Num mundo cheio de tentações, manter uma amizade verdadeira nem sempre é fácil, exige esforço de lado a lado, porque ninguém é perfeito, e é preciso lidar tanto com as nossas falhas quanto com as do outro. As Sofias e Mônicas de verdade podem ter muitas caras. São jovens que estão descobrindo as muitas relações que se pode travar pela vida e aprendendo a fazer as escolhas mais adequadas. O autor Leonardo Brasiliense, gaúcho de São Gabriel, também fez as fotos que ilustram o livro.
Leonardo Brasiliense nasceu em 1972, em São Gabriel (RS). Formado em medicina pela Universidade Federal de Santa Maria, trabalha na Receita Federal. Publicou O desejo da Psicanálise, Meu sonho acaba tarde, Desatino, Adeus conto de fadas (Prêmio Jabuti de melhor livro juvenil em 2007), Olhos de morcego, Whatever e Três dúvidas (Prêmio Jabuti em 2011)
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De 12 a 17 de maio de 2014
Programação sujeita a alterações. Consulte para confirmar: 32684260 ou palavraria@palavraria.com.br
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Uma trama recheada de corpos no asfalto e sangue na areia, o cenário − inóspito e árido −, é isolado do resto do mundo pela Cordilheira dos Andes. Nesta road novel de contornos tarantinescos, um homem desconhecido apodera-se de um objeto de grande valor, alvo de inúmeras ambições, desencadeando assim uma série de eventos que mobilizará forças maiores que o Deserto do Atacama.
Marcelo de Abreu Almeida nasceu em fins de 1986 e desde cedo foi apresentado ao mundo dos livros e das histórias, com o qual tanto aprendeu e dialogou durante sua formação infantil e, em especial, adolescente. Talvez por isso, na hora de decidir o que fazer na faculdade, tenha divagado entre tantos cursos distintos (como Publicidade e Direito) e só sossegou quando entrou para as Letras, formando-se em 2012. Além disso, fez diversos cursos de escrita criativa, entre os quais a oficina do professor Charles Kiefer, onde este texto foi apresentado pela primeira vez. Atualmente é tradutor de livros e de jogos de videogame, e espera iniciar aqui também uma longa carreira literária.
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Uma história brasileira sobre poder, chantagem, crime e corrupção. A incrível história de como o banqueiro Daniel Dantas escapou da prisão com o apoio do Supremo Tribunal Federal e virou o jogo, passando de acusado a acusador.
Um acontecimento inusitado assombrou o Brasil em 2008: o poderoso e enigmático banqueiro Daniel Dantas foi preso pelo delegado federal Protógenes Queiroz, por ordem do juiz Fausto De Sanctis, e conduzido algemado para uma cela comum, acusado de vários crimes. Mas logo depois foi libertado, por ordem do então presidente do Supremo Tribunal Federal — STF, Gilmar Mendes. As provas da investigação foram anuladas. O delegado foi afastado de seu trabalho e elegeu-se deputado. O juiz deixou sua vara e assumiu o cargo de desembargador no Tribunal Regional Federal, mas em área sem relação com crimes financeiros, sua especialidade. O que teria acontecido? Neste livro, que se lê como um thriller policial, o repórter investigativo Rubens Valente, da Folha de S. Paulo, desvenda toda a história, com a revelação de aspectos inéditos, documentos e segredos.
Rubens Valente, 43 anos, é um dos maiores jornalistas investigativos do país. Repórter desde 1989, cobriu diversos escândalos e investigações federais, como a CPI dos Correios, em 2005, e várias operações da Polícia Federal. Trabalha atualmente na sucursal da Folha de S. Paulo em Brasília. Recebeu o Prêmio Esso de Reportagem em 2001, duas vezes o Prêmio de Excelência Jornalística da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), em 2012 e 2013, nas categorias Jornalismo de Profundidade e Relações Interamericanas, duas vezes o Grande Prêmio Folha de Jornalismo (2001 e 2010) e o prêmio do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul em 2011. Participou do projeto “Folha Transparência”, que em 2013 recebeu o Prêmio Esso de Contribuição à Imprensa. Recebeu três menções honrosas do Prêmio Latinoamericano de Jornalismo de Investigação do IPYS (Instituto de Prensa y Sociedad), nos anos de 2004, 2011 e 2012, e uma menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog. É formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
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Esta é a história da Sofia e da Mônica, mais ou menos como elas contaram ao autor. Num mundo cheio de tentações, manter uma amizade verdadeira nem sempre é fácil, exige esforço de lado a lado, porque ninguém é perfeito, e é preciso lidar tanto com as nossas falhas quanto com as do outro. As Sofias e Mônicas de verdade podem ter muitas caras. São jovens que estão descobrindo as muitas relações que se pode travar pela vida e aprendendo a fazer as escolhas mais adequadas. O autor Leonardo Brasiliense, gaúcho de São Gabriel, também fez as fotos que ilustram o livro.
Leonardo Brasiliense nasceu em 1972, em São Gabriel (RS). Formado em medicina pela Universidade Federal de Santa Maria, trabalha na Receita Federal. Publicou O desejo da Psicanálise, Meu sonho acaba tarde, Desatino, Adeus conto de fadas (Prêmio Jabuti de melhor livro juvenil em 2007), Olhos de morcego, Whatever e Três dúvidas (Prêmio Jabuti em 2011)
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05 de maio de 2014, segunda-feira, 19h
Na Palavraria
Lançado originalmente em 2001, o romance Eles eram muitos cavalos tornou seu autor num grande sucesso de público e crítica. Com uma voz literária original e arrebatadora, Luiz Ruffato retratava um dia na vida de São Paulo, combinando recursos de sua formação jornalística a inovações formais e estéticas. O romance, que chega neste relançamento à sua 11ª- edição, seria ainda vencedor dos prêmios APCA e Machado de Assis. Considerado pelo jornal O Globo um dos dez melhores livros de ficção da década, está publicado em Portugal, na França, Itália, Alemanha, Colômbia e Argentina.
O nove de maio de 2000 é um dia qualquer em São Paulo. Os habitantes seguem realizando pequenos e grandes feitos cotidianos, protagonistas de uma narrativa subterrânea, que representa, ao fim e ao cabo, o próprio tecido da cidade. Para captar essa polifonia urbana, Ruffato estruturou seu romance em 69 episódios, cada qual com registro e fôlego próprios, alternando entre poesia, discurso publicitário, música, teatro e prosa, instantâneos de uma cidade que só se move deixando para trás um rastro de esquecidos. Ao jogar luz sobre esses anônimos, o autor iluminou também as circunstâncias em que eles se confrontam, em atos que se alternam entre a solidariedade e a frieza. Doze anos depois de sua publicação, Eles eram muitos cavalos ainda é um retrato atual e doloroso da vida na grande cidade.
Luiz Ruffato nasceu em Cataguases, Minas Gerais, em 1961. Formado em comunicação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, publicou vários livros, entre os quais a pentalogia Inferno provisório e o aclamadoEles eram muitos cavalos, que recebeu o prêmio APCA e o Machado de Assis, da Biblioteca Nacional.
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Clube de Leitura Penguim/Companhia das Letras – Palavraria
Inscrições gratuitas
O Clube de Leitura reúne, preferencialmente na primeira segunda-feira de cada mês, pessoas interessadas em ler e trocar idéias sobre obras da literatura clássica e contemporânea.
A primeira reunião foi em novembro de 2012, e discutiu o livro Terra Sonâmbula, de Mia Couto. Já foram enfocados Se um viajante numa noite de inverno (Italo Calvino), Barba ensopada de sangue (Daniel Galera), Caixa preta (Amoz Oz), Jacob, o mentiroso (Jurek Becker), A ausência que seremos (Héctor Abad), Risíveis amores (Milan Kundera), , O pintor de batalhas (Arturo Pérez-Reverte), A infância de Jesus (J. M. Coetzee), A máquina de Joseph Walser (Gonçalo M. Tavares), Há quem prefira urtigas ( Junichiro Tanizaki) e Todos os homens são mentirosos (Alberto Manguel).
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Em cada reunião os participantes escolhem as obras a serem discutidas nos próximos encontros e os respectivos mediadores, que serão sempre alternados.
Os participantes do Clube de Leitura terão um desconto de 10%, ao adquirirem na Palavraria os livros destinados à discussão.
Informações e inscrições na Palavraria
Rua Vasco da Gama, 165 – 51 3268 4260 – de segunda à sexta das 11 às 21h
ou pelo email palavraria@palavraria.com.br.
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Uma das maiores obras-primas da literatura mundial, O castelo conta a história do agrimensor K. e de sua chegada à aldeia do castelo, para onde foi supostamente enviado por uma solicitação do conde, autoridade máxima dali. Em poucas páginas, porém, tudo se torna turvo como um pesadelo em noite de tempestade. Agora, adaptada para os quadrinhos por Carlos Ferreira, a história é vista com traços sombrios e densos, que se encaixam perfeitamente nesta fantástica narrativa que Franz Kafka criou.
Carlos Ferreira é roteirista de quadrinhos e ilustrador. Trabalha com quadrinhos desde 1980. Foi editor da revista independente Picabu (eleita melhor revista independente de 1992 na Bienal Internacional de Histórias em Quadrinhos do Rio de Janeiro). Recentemente, escreveu os roteiros dos romances gráficos “Kardec” e “Os Sertões – a luta”, ambos ilustrados por Rodrigo Rosa (este último, ganhou o Troféu HQ Mix de 2011 como melhor adaptação para os quadrinhos).
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