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Aconteceu na Palavraria, nesta quinta, 19, lançamento do livro Topologia e clínica psicanalítica, de Ligia Gomes Víctora.
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No livro Topologia e clínica psicanalítica, Ligia Víctora – com a elegância de um estilo que lhe é próprio – convida a uma imersão no campo das possíveis articulações entre a Topologia e a Clínica Psicanalítica. O trajeto construído pela autora, ao longo de seus seminários, atesta a transformação de um tema complexo em algo acessível à compreensão de leitores interessados na problemática. Um dos méritos desta publicação é o de explicitar esta articulação sem deixar de lado o rigor e a acuidade necessários a esta incursão. Para os familiarizados com o tema, as hipóteses lançadas pela autora servem como subsídio para a clínica contemporânea, na medida em que fazem avançar o paradigma que fundamenta a noção de estruturas clínicas em Psicanálise. Por fim, o livro de Ligia mostra o verso e o reverso da topologia e da clínica, tal qual uma banda de Moebius, o que torna o estudo da topologia fundamental para os profissionais do corte e das torções: os psicanalistas.
Ligia Gomes Víctora é psicanalista, membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA) e A-M-A da Association Freudienne Internationale, com sede em Paris (conhecida também como Association Lacanienne Internationale). Nasceu em São Gabriel, Rio Grande do Sul, e, ainda no interior do estado, estudou em Santiago e Santa Maria, antes de ir para Porto Alegre cursar Psicologia e Filosofia na UFRGS. Com um trabalho consistente na clínica psicanalítica desde 1980, e um dom natural para as Matemáticas, cedo interessou-se pela Lógica e pela Topologia de Lacan, sendo que buscou sua formação nesta área com matemáticos, por isso a precisão com que fala destes conceitos são rigorosos, porém com a ousadia e a delicadeza que são próprias do seu estilo. Responsável pelos seminários e oficinas de Topologia na APPOA desde 1994, tem muitos textos publicados pelas duas associações a que pertence. Atualmente, seus seminários tratam sobre formalização da Psicanálise através das Matemáticas.
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Ano que vem é ano de Eleições. Quase todo mundo odeia essa época e com toda a razão. Rios de dinheiro serão drenados para propagar candidatos cada vez mais despreparados e inescrupulosos. Seremos obrigados a conviver com jingles retardados, sorrisos maquiavélicos e debates completamente inócuos. Mas quem gosta de eleição exceto as siglas partidárias, não? Eleição não é a festa da democracia e sim a farra da plutocracia.
Depois do pequeno desabafo, vou iniciar de outra maneira meu texto, quiçá pior que a anterior: entraremos agora no ano da Copa do Mundo. O curioso é que justamente no “país do futebol”, “na pátria de chuteiras” (dentre outras expressões chatas que sempre ouvimos por aí nos noticiários vagabundos) surgiram diversas desconfianças acerca do evento. Logo aqui onde quase tudo gira em torno do círculo central do gramado. Muitos achavam que a festança seria saudada pelo povo e que todos bateriam palmas como macacos. O pão e o circo futebolístico dopariam definitivamente os nativos, numa versão pós-moderna do mito romano. Todos acreditariam de pés juntos que vivem num país abençoado e “bonito por natureza” e se convenceriam de que Deus é de fato brasileiro registrado em cartório. Aconteceu o contrário, graças a Deus! Foi comprovado que não estamos no Planeta dos Macacos.
Os únicos que parecem saudar com os dentes (brancos e bem alinhados) da boca o evento são os governantes, as empresas de refrigerante e as grandes construtoras. As manifestações que tomaram conta do país em 2013 endossaram o que já era sabido: a população acha vergonhoso torrar em estádios o que poderia ser investido em escolas. O pessoal acha estúpido ocupar espaços públicos com monumentos à FIFA ao invés de reforma-los para a utilidade pública. Os eleitores não são tão otários assim como dantes.
Mas é claro que não somos uma nação que sataniza qualquer competição. O ano de Copa sempre foi e sempre será um momento de catarse, altamente divertido e saudável. O brasileiro é apaixonado por futebol, sendo esse desporto, como dizem os mais velhos amantes da bola, não apenas uma atividade física mas um símbolo nacional indiscutível, como o samba, a bossa nova, a telenovela e o Carnaval. Se houve uma Copa em países onde mal se joga futebol (África do Sul, EUA) por que não haver uma no Brasil? Segundo a nova política da FIFA, a mandatária suprema nas quatro linhas, as sedes dos Mundiais devem se espalhar pelos continentes num mundo globalizado e não apenas se centrar nas grandes potências. É um grande negócio para os organizadores do evento e um “marketing” para os países-sedes. Dentro dessa lógica uma Copa num país do futuro faz todo o sentido. Mas pra quem faz sentido?
Uma coisa é a galera curtir o evento sabendo que ele está sendo financiado com dinheiro da Alemanha, da Coreia do Sul ou da África de Mandela, outra é tomar uma cerveja com plena consciência que nossos impostos estão pagando o aço dum estádio no meio da floresta que depois da Copa virará sei lá o que.
A última Copa por aqui foi em 1950. Desde lá tivemos duas Copas no México, outro representante do Terceiro Mundo. Os outros países sedes sempre foram grandes potências. Pra quem é a Copa? Ou melhor, quem sai ganhando verdadeiramente com o megaevento? Os primeiros beneficiados da Copa são as grandes empresas que bancam ela com a parceria confusa e suja com os governos. Uma elite está rindo à custa do povo, superfaturando obras e etc e tal. Outros favorecidos são a alta casta que pagará preços estapafúrdios para assistir às partidas. A grande massa acompanhará a Copa da mesma maneira que acompanharia se ela fosse realizada no Uzbequistão: sentado na poltrona ou num bar.
O pior da Copa é aguentar à enxurrada de publicidade e de matérias jornalísticas ufanistas, saudando o evento como a coisa mais maravilhosa já feita no Brasil, como a “festa do povo”. Tudo isso é um grande engodo. Querem vender a ideia de que todos “ganharão com a Copa”, mas o outro lado desse discurso populista é outro: o que se forma nesses megaeventos são cartéis que comandam tudo e se autobeneficiam dessa sensação de alegria que muitos entram só por estarmos “em mês de Copa do Mundo”. As escolas e faculdades ficarão vazias só por que uma seleção europeia vai jogar uma partida na cidade. Existe algo mais patético que isso? Parece que estamos escancarando nossos traços de colonizados com essa postura.
Espero que a Copa não seja nada demais e que as pessoas lembrem mais das Eleições do que da Copa, mesmo que isso seja chato. O Brasil tem um grave problema em idolatrar o divertimento e deixar que nosso futuro seja decidido em bancas de negócios escusos.
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João Pedro Wapler é ator e escritor. Mantém o blog de fotografia Mobile Frame (http://mobileframe.tumblr.com).
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Antonio Machado (1875-1939), poeta sevilhano, deixou um grande legado dentro do Modernismo espanhol, formando parte da denominada Generación del 98. Foi eleito membro da Real Academia Espanhola. Alguns de seus livros publicados mais importantes: Soledades, Campos de Castilla e La Guerra. Podemos destacar entre sua obra poética: A un olmo seco, Caminante no hay camino, El crimen fue em Granada, Anoche cuando dormia, Elegía de um madrigal, Españolito que vienes al mundo e La mujer manchega. Em português encontram-se alguns poemas traduzidos na Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea, traduzida e selecionada por José Bento (ASSÍRIO & ALVIM, 1985).
Coordenação geral:
Profª Raquel Grossman – Uruguaia, reside no Brasil há muitos anos. Formada em nutrição pela Faculdade de Medicina de Montevidéu; professora de música pelo Conservatório Musical Kolischer, Montevidéu. Atualmente leciona o idioma espanhol, ministrando aulas particulares de conversação, individuais ou em grupo, bem como na preparação de profissionais em suas diversas áreas de atuação. Coordena seu próprio curso, cujo diferencial consiste em atividades culturais bilíngues em espanhol-português.
Participações especiais:
Profª Drª María Cinta Aguaded Gómez – Espanhola, de Sevilla, é licenciada em Psicologia pela Universidad de Sevilla, também é pedagoga e professora da Universidad de Huelva, Espanha. Integra os grupos de pesquisa “Ágora” e “Comunicar”, em Andalucía sobre competência midiática. Realizou estágios em centros estrangeiros França, Itália, Suécia, Bélgica e Portugal. É coordenadora Erasmus de alunos de Catania (Sicilia). Publicou vários livros como autora e coautora, bem como artigos em revistas. Atualmente faz pós-doutorado na FACED/UFRGS.
Profª Drª Jane Felipe – Carioca, é professora de graduação e pós-graduação da FACED/UFRGS. Psicóloga (UFRJ), Mestre (UFF/RJ) e doutora em Educação (UFRGS). Pós-doutorado em Cultura Visual (Universidad de Barcelona). Atualmente coordena a pesquisa Violências de gênero, amor romântico e famílias: entre idealizações e invisibilidades, os maus tratos emocionais e a morte. Possui inúmeras publicações na área de gênero, sexualidade, infâncias e educação.
Maximiliam Kurz – alemão, é licenciado em línguas românicas (francês e português), pelo Instituto de Línguas Românicas da Universidade de Leipzig; Mestrado em “línguas e tradução” pela Universidade Johannes Gutenberg de Mainz em Germersheim. Atualmente faz Pós-graduação na UFRGS. Nas horas vagas é trompetista da banda Farabute.
Profª Drª Cristina Rosa – Gaúcha, Cristina Maria Rosa é Doutora em Educação (UFRGS, 2004) e Pós-Doutora em Estudos Literários na Educação pela UFMG (2011). Trabalha como Professora na área da Alfabetização e da Leitura Literária na FaE/UFPel, é uma das tutoras do PET/Educação e Coordena o GELL – Grupo de Estudos em Leitura Literária. Recentemente, organizou a obra Escritas, Leitores e História da Leitura (2012) e os didáticos A Velha, a mosca e a narrativa (2012) e Nosso Abecedário (2013). Cristina é autora dos livros infantis De arqueologias e de Avôs, Luíza, Cobras no Laranjal, Frederico, o Príncipe e Irmãzinha de Estimação (os dois últimos em formato e-book). Seu último livro, intitulado “Onde está meu ABC de Erico Veríssimo? Notas sobre um livro desaparecido” (Ed. da UFPel), será lançado no dia 17 de dezembro no Centro Cultural CEEE – Erico Veríssimo.
Prof. Dr. Felix Gonzalez: colombiano, formado em Medicina Veterinária pela Universidad Nacional de Colômbia. Mestre em Fisiologia Animal pela mesma universidade e doutorado em Bioquímica e Fisiologia Animal (Universidade Federal de Viçosa/MG). Possui pós-doutorado em Bioquímica Clínica (Universidad de Murcia, Espanha) e em Metabolismo de Bovinos Leiteiros (Universidad de Santiago de Compostela, Lugo, Galícia/Espanha). Poeta nas horas vagas.
Participação musical:
André Leite de Souza: Historiador, multi-instrumentista, compositor e produtor musical. Trabalha com música desde 1989 e foi durante muitos anos guitarrista e arranjador do grupo Los Rockeros com apresentações no Brasil e no exterior. Atualmente tem como foco a composição musical de uma ópera rock cujo cenário é o bairro Cidade Baixa.
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AGES ENTREVISTA ABERTA recebe os conhecidos e reconhecidos escritores Cintia Moscovich e Luiz Paulo Faccioli para uma conversa sobre suas obras e o processo criativo que as sustentam. O AGES ENTREVISTA ABERTA é apresentado pelo poeta, vice-presidente social da AGES, Marlon de Almeida, e vai ao ar todos os sábado às 20h na rádio web Falando de Amor (www.radiofalandodeamor.com). A parceria tem como objetivo fundamental contribuir para a memória da associação e divulgar a literatura feita pelos seus associados.
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