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25, quinta, 19h: Lançamento do livro A alteridade amerindia na ficção contemporânea das Américas, de Rita Olivieri-Godet (Fino Traço Editora)
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As obras de ficção de que nos ocupamos proporcionam uma discussão sobre a questão da autonomia dos povos ameríndios e as modalidades de um projeto inclusivo no que diz respeito à construção da cidadania no interior dos estados nacionais, além de possibilitarem uma reflexão sobre o significado da “americanidade” no âmbito do cosmopolitismo pós-moderno. Elas contribuem, dessa forma, para deslocar o imaginário que reserva aos povos indígenas o lugar marginalizado de “estrangeiros de dentro”, de “relíquias de um passado” a ser preservado, impulsionando, ao modo delas, a reconfiguração da sensibilidade contemporânea.
Rita Olivieri-Godet é Licenciada em letras Vernáculas com francês pela UFBa. Doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP e pós-doutorado na Universidade de Paris 10. Foi professora titular de Teoria da literatura da Universidade Estadual de Feira de Santana–Bahia e Professora Visitante de literatura brasileira da Universidade de Bordeaux 3. Vive atualmente na França, tendo prestado concurso para professora titular de literatura brasileira na Universidade de Rennes 2 em 2003. Colabora com várias Universidades brasileiras entre as quais se destacam a Universidade Estadual de Feira de Santana-UEFS, a Universidade de São Paulo, a Universidade de Brasília, a Universidade Federal de Minas Gerais, entre outras. Publicou vários artigos em revistas nacionais e estrangeiras e vários livros sobre literatura e cultura brasileiras no Brasil e na França. Construções identitárias na obra de João Ubaldo Ribeiro é a versão revista de um livro publicado originalmente em francês, João Ubaldo Ribeiro: literatura brésilienne et constructions identitaires pela Presses Universitaires de Rennes, em 2005.
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26, sexta, 19h: Lançamento do livro Digam a satã que o recado foi entendido, de Daniel Pellizzari (Cia. das Letras)
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Difícil dizer o motivo que levou Magnus Factor a prolongar sua curta estadia em Dublin, Irlanda, para uma residência fixa e negócio próprio na capital mundial da cerveja escura e da briga de rua. Fácil é precisar o momento embaraçoso em que tudo aquilo havia acontecido. Um milk-shake e duas palavras erradas de uma eslava, às vezes é tudo que basta para o sujeito ficar onde está. Numa encruzilhada de turistas e imigrantes, Magnus abre uma agência de passeios por locais mal-assombrados de Dublin, todos inventados por ele. Seus sócios vêm da Polônia e das ilhas Maurício, e mesmo o único irlandês do grupo, contratado para dar autenticidade à iniciativa, se diz nascido na “República de Cork”. É o pretexto para Daniel Pellizzari, de volta à ficção após oito anos, criar em torno de Magnus um espiral de loucura e desespero que vai envolver terrorismo poético, cultos obscuros, traficantes gregos, um antigo deus cobra irlandês e um pouco do velho e bom amor itinerante. Em Digam a Satã que o recado foi entendido, Pellizzari dá voz aos profetas e perdedores de Dublin, captando com humor e empatia seus discursos ora atropelados, ora ternos, em meio a sequestros de tesouros nacionais, virgens suicidas, videogames e o eventual assassinato. Narrados numa prosa que lembra Irvine Welsh, Junot Díaz e Roberto Bolaño, os encontros improváveis desses idiotas extraordinários conduzirão o leitor rumo à inevitável conclusão de que, como diz a placa no pub favorito de Magnus, HOJE É O AMANHÃ QUE ONTEM NOS PREOCUPAVA, E TUDO VAI BEM. Isso e um milk-shake. Às vezes é tudo que o cara precisa.
Daniel Pellizzari Nasceu em Manaus, em 1974, e é escritor, tradutor e editor. Em Porto Alegre, fundou com os amigos Daniel Galera e Guilherme Pilla a Livros do Mal, editora por onde publicou seus primeiros volumes de contos,Ovelhas que voam se perdem no céu (2001) eO livro das cousas que acontecem (2002). Publicou também o romance Dedo negro com unha (DBA, 2005). Traduziu obras de autores como William Burroughs, David Mitchell e David Foster Wallace. Em 2012, lançou em seu site a antologia Melhor seria nunca ter existido (Livros do Mal 2.0). Atualmente, mora em São Paulo.
Site: cabrapreta.org
Twiter: @cabrapreta
Facebook: facebook.com/cabrapreta
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27, sábado, 18h: Pocket musical de pré-lançamento do CD Aline, de Cristiano Varisco, com o autor e banda.
O CD Aline, primeiro trabalho solo de Cristiano, retrata a atual fase de ruptura com os valores da cidade grande versus a vida no campo, idas e vindas do guitarrista entre os caminhos rurais da Grande Porto Alegre. Apresenta 16 composições próprias em 50 minutos de música instrumental, gravações inéditas, releituras e influências marcantes nos seus 20 anos de estrada, com blues e improvisos progressivos, ora meditativos, ora contemplativos.
Participam deste pocket na Palavraria, juntamente com Cristiano, os músicos que o acompanham no CD, Jeferson “Jeff” Ferreira (integrante de Os Arnaldos), no baixo e Davi Machado, na percussão.
Cristiano Varisco – ou Cris Varisco ou Chris Dalton, guitarrista, é radialista formado em jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social da PUCRS, licenciado em música pela UFRGS – violão, professor da rede municipal de ensino público e produtor musical. Trabalhou na Rádio Ipanema FM, onde integrou, nos meados dos noventa, a banda Folharada Blues Band (formada por funcionários da emissora). Tocou com Wander Wildner (Replicantes), Tchê Gomes (TNT), Marcelo Gross (Cachorro Grande), Fábio Ly (Bandaliera), King Jim (Garotos da Rua), Biba Meira (De Falla), Gabriel Guedes (Pata de Elefante), Frank Jorge e Flávio Chaminé. Trabalhou ainda com o maestro Tiago Flores (Orquestra de Câmara da ULBRA) como solista nos Concertos DANA.
APOIO: Boca do Disco (Mal. Floriano Peixoto, 474), Toca do Disco (Garibaldi, 1043), Stoned Discos Raros (Mal. Floriano Peixoto, 371), Classic Rock (Gal. Chaves, Andradas, 1444/sala 31)
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