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20, terça, 19h: Confraria de Leitura Reinações.
21, quarta, 18h: Festipoa na Palavraria
Mesa 3
18h30 – LUISA GEISLER, WILSON FREIRE, LIMA TRINDADE conversam sobre suas obras. Mediação: REGINALDO PUJOL FILHO. Lançamentos de “Única voz”, de Wilson Freire, e “O retrato ou Um pouco de Henry James não faz mal a ninguém”, de Lima Trindade
Luisa Geisler nasceu em Canoas-RS, mas passa dois terços de seu tempo em Porto Alegre, estudando Relações Internacionais. Aos 19 anos de idade, ganhou o Prêmio SESC de Literatura de 2010 na categoria conto, pelo seu livro de estreia, Contos de mentira. No ano seguinte, repetiu a dose vencendo o prêmio de melhor romance com Quiçá. Em 2012 foi incluída na antologia Os melhores jovens escritores brasileiros, editada pela revista Granta. Foi a mais jovem autora selecionada para a coleção
Wilson Freire de Lima, nascido em São José do Egito, é médico, produtor cultural, poeta, cordelista, roteirista, cineasta e compositor. A única voz, seu mais recente livro, com edição artesanal em papelão feita pela Mariposa Cartonera, é uma ficção que se passa no período da ditadura. Em Recife começou a militância artística junto ao Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco (MEIPE) participando de encontros e recitais. Seu livro Por que mãe Morena? foi um dos que obtiveram maior visibilidade na época e os martelos agalopados ganhavam vida na recitação do poeta. É um compositor refinado e tem como um dos seus parceiros o multiartista Antonio Carlos Nóbrega.
Lima Trindade nasceu em Brasília e está radicado em Salvador desde 2002. É contista, romancista e editor da revista eletrônica Verbo 21. Publicou os livros Todo o sol mais o Espírito Santo (2005), Supermercado da Solidão (2005) e Corações blues e serpentinas (2007). Ao ter seu nome incluído na antologia Geração Zero Zero: fricções em rede (2011), o escritor e crítico literário Nelson de Oliveira o considerou como um dos autores nacionais mais relevantes surgidos a partir do ano 2000. Participou ainda das coletâneas As baianas, com o conto A piriguete de Ondina, e 82 – uma copa, quinze histórias, com o conto Toda a arte do futebol. Tem inédito o romance A cidade e os nomes. O retrato ou Um pouco de Henry James não faz mal a ninguém é um conto que transita em diversas tradições do gênero: relato de viagem, história de amor, realismo mágico e crônica de costumes… além de costurar fatos históricos e ficção. “Seria o encontro e o confronto de culturas. A história começa com dois brasileiros em Portugal. Por isso a brincadeira com o subtítulo [Um pouco de Henry James não faz mal a ninguém], pois o atrito entre o velho e o novo era um de seus principais temas. De uma maneira ou de outra isso acaba se referindo à forma”.
Reginaldo Pujol Filho, escritor portoalegrense, tem dois livros de contos publicados, Azar do Personagem e Quero ser Reginaldo Pujol Filho e é o organizador da antologia Desacordo ortográfico. Mantem o blog Por causa dos elefantes.
Leituras de poemas e lançamentos
20h – PAULO RIBEIRO, MIRÓ DE MURIBECA e RODRIGO GARCIA LOPES participam de leituras e lançam os livros “O passo do socorro”, “Miró até agora” e “Estúdio realidade”.
Paulo Ribeiro. Doutor em Letras pela PUC-RS, jornalista, leciona na Universidade de Caxias do Sul. Estreou em 1989 com o romance Glaucha. Recebeu o Prêmio Henrique Bertaso por Vitrola dos Ausentes, melhor narrativa longa, em 1994, ano em que a mesma novela foi indicada para o Prêmio Açorianos de Literatura. Da estreia até o presente, além manter coluna de crônicas no jornal Pioneiro de Caxias do Sul, vem consolidando sua obra – que soma 15 livros – em publicações individuais e coletivas com novelas, contos, crônicas e ensaios. Com ilustrações do próprio autor, o fio condutor de ‘O Passo do Socorro’ é o movimento que há entre o cotidiano (passo) e um possível sentido para a vida (socorro). “O socorro é a poesia. Ela vem para nos salvar. É o que sobra dessa trajetória, porque precisamos de alguma razão para estarmos aqui. E quem nos dá essa razão é a poesia”, enfatiza. Conforme Paulo, as gravuras do livro reforçam a reprodução do cotidiano que há por detrás do movimento da escrita. “Quando eu dou esse impulso, eu estou representando. Os poemas e as gravuras são uma representação da realidade”.
Miró da Muribeca nasceu em 1962 no Recife, no bairro da Encruzilhada. Morador da Muribeca, escreve desde 1985 e tem 7 livros lançados: Que descobriu azul anil (1985), Ilusão de ética (1993), Entrando pra fora e saindo pra dentro (1995), Quebra a direita segue a esquerda e vai em frente (1997), São Paulo eu te amo mesmo andando de ônibus (2001), Poemas pra sentir tesão ou não (2002), Pra não dizer que não falei de flúor (2004). Costuma apresentar recitais por todas as esquinas.
Rodrigo Garcia Lopes (Londrina, PR) é poeta, compositor, tradutor e jornalista. É autor dos livros de poemas Solarium (1994), Visibilia (1996), Polivox (2001), Poemas seleciados (2001) e Nômade (2004). É Mestre em Humanidades Interdisciplinares pela Arizona State University, com tese sobre os romances de William Burroughs, e Doutor em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina, com tese sobre a poeta e filósofa modernista norte-ameriana Laura Riding. EM 1997 lançou Vozes & Visões: Panorama da Arte e Cultura Norte-Americanas Hoje, com 19 entrevistas com personalidades da cultura e literatura norte-americana. Como tradutor, publicou Sylvia Plath: Poemas (1990) e Iluminuras: Gravuras Coloridas, de Arthur Rimbaud (1994), ambos com Maurício Arruda Mendonça. Em 2004 traduziu e organizou os livros Minscapes: Poemas de Laura Riding (2004), O navegante (do anônimo anglo-saxão, 2004). Em 2005 publicou Leaves of Grass/Folhas de relva, de Walt Whitman e, em 2007, Ariel, de Sylvia Plath (com Cristina Macedo). Músico e compositor, em 2001 lançou o CD Polivox (independente) e nos anos seguintes se apresentou com show homônimo em várias capitais brasileiras. De 2006 a 2008 foi professor do departamento de Romance Languages da Universidade da Carolina do Norte-Chapel Hill (Estados Unidos). Em 2013 lançou seu segundo CD, Canções do Estúdio Realidade. Há onze anos edita, com Marcos Losnak e Ademir Assunção, a revista de arte e literatura Coyote. “Assaltem o Estúdio Realidade e retomem o universo” – a frase de William Burroughs dá o título para o novo livro de poemas de Rodrigo Garcia Lopes. Repleto de experimentações intertextuais, Estúdio realidade reúne poemas intensos e marcantes, nos quais toma corpo uma vibrante sinfonia de estilos, dicções, ritmos e formas. “Estúdio Realidade”, “Vórtex”, “Pensagens” , “Quarto Escuro” e “24 Aforismos Sobre Poesia” são as seções em que a obra se divide, e na qual Rodrigo Garcia Lopes explora diversas formas poéticas –como o poema em prosa, o epigrama, o oríkì africano,o haicai, o poema visual. Intercalando polifonias e múltiplos sentidos, estes versos se destacam pela heterogeneidade – numa obra que se destaca pela singularidade e pelo olhar sensível do autor.
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22, quinta, 19h: Lançamento dos livros Geografia aérea (Editora 7letras) e Forma formante (Ed. UFSC), de Manoel Ricardo de Lima.
Por que reescrever os próprios poemas? Por que variar infinitamente as versões de um mesmo texto? Herberto Helder ou o poema contínuo, interminável. O livro em si mesmo “flutua”, o livro é sempre “em suspensão” (diz ele em uma carta). A revisita dos próprios textos e a criação de um lugar, uma casa ou um pequeno refúgio, mas que seja, ao mesmo tempo, móvel e (imprevisivelmente) rearranjável. Helder, Beckett, Ana Cristina Cesar e, aqui, Manoel Ricardo de Lima, nesta Geografia aérea, um mapa que se refaz: os poemas que vieram antes já em vista do que veio depois; em vista do que, antes, era imprevisto. Não se trata de uma antologia, diz Manoel, mas desta vista aérea, que cata alguns pontos notáveis, escolhe alguns e revisita. E há também inéditos, numa sequência intitulada “Lâminas” (2013). E um fio que percorre todos os poemas, fio no entanto quebrado: “fio que desorienta o horizonte” (Falas inacabadas). Mas fio que diz de um percurso poético que é este: desorientar o horizonte previsto. Fazer a palavra vincar o deserto, apagar o nome, perfurar (ou rasurar) a paisagem: “onde vinco o deserto onde o nome se apaga”.
Manoel Ricardo de Lima é Professor Adjunto de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO, atuando na Escola de Letras [CLA] e no Programa de Pós-Graduação em Memória Social [PPGMS]. Pós-Doutor [2010] e Doutor em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC [2008], Mestre em Letras pela Universidade Federal do Ceará, UFC [1998] e Graduado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará, UECE [1994]. Publicou os livros de poesia Falas inacabadas – objeto e um poema, Um livro – Transparência (com Élida Tessler), Embrulho, Quando todos os acidentes acontecem, Jogo de varetas/As mãos, e os ensaios Entre percurso e vanguarda – Alguma poesia de Paulo Leminski, 55 começos e Fazer lugar – a poesia de Ruy Belo.
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24, sábado, Festipoa na Palavraria
Leitura | A melhor maneira de dizer tudo em 6 minutos
17h24 – CLÁUDIA TAJES
Sarau das 6
17h30 – JEFERSON TENÓRIO, GABRIELA SILVA e LÍGIA SÁVIO recebem CÍNTIA MOSCOVICH e MARCELINO FREIRE
Leitura | A melhor maneira de dizer tudo em 6 minutos
19h24 – ALTAIR MARTINS lê MARCELINO FREIRE
Mesa 6
19h30 – Escrita política, conversa de JOÃO SILVÉRIO TREVISAN e ALTAIR MARTINS. Mediação: MARCELINO FREIRE
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