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De 4 a 9 de agosto de 2014
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04, segunda, 19h: Clube de Leitura – O processo, de Franz Kafka. Mediação de Carla Osório.
A história de Josef K. atravessa os anos sem perder nada do seu vigor. Ao contrário, a banalização da violência irracional no século XX acrescentou a ela o fascínio dos romances realistas. Na sua luta para descobrir por que o acusam, por quem é acusado e que lei ampara a acusação, K. defronta permanentemente com a impossibilidade de escolher um caminho que lhe pareça sensato ou lógico, pois o processo de que é vítima segue leis próprias: as leis do arbítrio.
Franz Kafka nasceu em 3 de julho de 1883 na cidade de Praga, Boêmia (hoje República Tcheca), então pertencente ao Império Austro-Húngaro. Era o filho mais velho de Hermann Kafka, comerciante judeu, e de sua esposa Julie, nascida Löwy. Estudou em sua cidade natal, formando-se em direito em 1906. Trabalhou como advogado, a princípio na companhia particular Assicurazioni Generali e depois no Instituto de Seguros contra Acidentes do Trabalho. Duas vezes noivo da mesma mulher, Felice Bauer, não se casou. Em 1917, aos 34 anos de idade, sofreu a primeira hemoptise de uma tuberculose que iria matá-lo sete anos mais tarde. Alternando temporadas em sanatórios com o trabalho burocrático, nunca deixou de escrever, embora tenha publicado pouco e, já no fim da vida, pedido inutilmente ao amigo Max Brod que queimasse seus escritos. Viveu praticamente a vida inteira em Praga, exceção feita ao período de novembro de 1923 a março de 1924, passado em Berlim, longe da presença esmagadora do pai, que não reconhecia a legitimidade de sua carreira de escritor. A maior parte de sua obra – contos, novelas, romances, cartas e diários, todos escritos em alemão – foi publicada postumamente. Kafka faleceu em um sanatório perto de Viena, Áustria, no dia 3 de junho de 1924, um mês antes de completar 41 anos de idade. Seu corpo foi enterrado no cemitério judaico de Praga. Quase desconhecido em vida, o autor de O processo, Na colônia penal, A metamorfose e outras obras-primas da prosa universal é considerado hoje – ao lado de Proust e Joyce – um dos maiores escritores do século XX.
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Clube de Leitura Penguim/Companhia das Letras – Palavraria
Inscrições gratuitas
O Clube de Leitura reúne, preferencialmente na primeira segunda-feira de cada mês, pessoas interessadas em ler e trocar idéias sobre obras da literatura clássica e contemporânea.
A primeira reunião foi em novembro de 2012, e desde então mais de uma dezena de livros já foram enfocados.
Em cada reunião os participantes escolhem as obras a serem discutidas nos próximos encontros e os respectivos mediadores, que serão sempre alternados.
Os participantes do Clube de Leitura terão um desconto de 10%, ao adquirirem na Palavraria os livros destinados à discussão.
Informações e inscrições na Palavraria
Rua Vasco da Gama, 165 – 51 3268 4260 – de segunda à sexta das 11 às 21h
ou pelo email palavraria@palavraria.com.br.
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07, quinta, 19h: Lançamento do livro Memórias de o que já não será, contos de Aldyr Garcia Schlee (Ardotempo)
Este livro de Aldyr Garcia Schlee retoma, em quinze contos exemplares, a constante e característica preocupação desse premiado e reconhecido autor com o tempo que passa – e se perde e se ganha – na vida e em seu mundo literário (o da fronteira brasileiro-uruguaia sobre o rio Jaguarão). Nestes contos, Schlee se debruça sobre o que foi: aquilo que foi e já não é, aquilo que simplesmente deixou de ser; mas, o que lhe interessa contar e conta é o que foi e já não será, que é mais que passado: é aquilo que não pode mais ser, que perdeu a razão de ser, a finalidade de ser, e que não adianta ser – porque está definitivamente perdido por falta de serventia ou de utilidade ou de atualidade. Assim, estes contos, Schlee os compõem entre o que fica e se perde como memória; e entre o que se perde e o que fica como imaginação.
Aldyr Garcia Schlee (Jaguarão, 22/11/1934) é escritor, jornalista, tradutor, desenhista e professor universitário. Doutor em Ciências Humanas, publicou vários livros de contos e participou de antologias, de contos e de ensaios. Alguns livros seus foram primeiramente publicados no Uruguai pela Ediciones de la Banda Oriental. Traduziu a importante obra Facundo, do escritor argentino Domingos Sarmiento, fez a edição crítica da obra do escritor pelotense João Simões Lopes Neto. Foi professor de Direito Internacional da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pelotas – UFPel, por mais de trinta anos, onde foi também pró-reitor de Extensão e Cultura.
É torcedor do Brasil de Pelotas, clube que chegou a ser tema do conto “Empate”, publicado em “Contos de futebol”. Criou o uniforme verde e amarelo da seleção brasileira de futebol, mais conhecido como Camisa Canarinho. Recebeu duas vezes o prêmio da Bienal de Literatura Brasileira e foi cinco vezes premiado com o Prêmio Açorianos.
Aldyr Garcia Schlee, que atualmente vive em um sítio em Capão do Leão, município vizinho de Pelotas, é convidado destaque da Jornada Literária de Passo Fundo, com sua obra original e singular como o mais destacado autor brasileiro de linguagem de fronteira. Aliás esse é o tema de suas palestras agendadas, a convite, em março de 2014 na Université de Paris Sorbonne Nouvelle, Université de Rennes e Maison de l’Amerique Latine em Paris.
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08, sexta, 19h: Lançamento do livro F, romance de Antonio Xerxeneski (Rocco Editora)
F, lançado pela Rocco em junho, é narrado por uma garota brasileira que foi treinada como assassina profissional e que, aos 25 anos de idade, é contratada para matar ninguém menos que Orson Welles, diretor de cinema responsável por Cidadão Kane. Porém, a missão – a mais importante que recebeu até este momento – a leva numa viagem pelo universo da cinefilia e a tarefa se mostra mais complexa do que um simples assassinato. O ano é 1985, e o enredo se desloca pelo eixo Rio de Janeiro – Paris – Los Angeles.
Antônio Xerxenesky é um escritor e tradutor brasileiro nascido em 1984. É autor de Areia nos dentes (2008) e A página assombrada por fantasmas (2011).Teve textos publicados em diversos jornais e revistas, como The New York Times, Newsweek, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, entre outros. Alguns de seus contos foram traduzidos para o inglês, o espanhol e o alemão. Em 2012, foi eleito pela revistaGranta um dos vinte melhores jovens escritores brasileiros. Atualmente, vive em São Paulo.
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09, sábado, 17h: Lançamento do livro Rita Tem Medo, de Christian David.
Rita é uma menina que tem muitos medos. Alguns imaginários, possivelmente inventados; outros, certamente, reais. Os pais da menina resolvem levá-la para um lugar mais tranquilo: a casa da avó Lina, no interior. E assim Rita passou a conhecer o universo daquela avó tão interessante. Muita coisa mudou, a começar pelo dia em que a avó pediu à neta para verificar se o pêndulo do relógio da biblioteca estava funcionando. A biblioteca era, na verdade, a garagem que a avó adaptou como um bom lugar para leitura.
Rita percebeu que o relógio havia parado, e, na tentativa de fazer com que funcionasse, muitas coisas foram acontecendo, como numa aventura incrível. Rita entendeu que as engrenagens nem sempre são fáceis de ser entendidas. Diante de tanto estranhamento, Rita se permitiu esquecer os medos e seguir em frente. E foi o que fez.
Christian David é formado em Ciências Biológicas com ênfase em Licenciatura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1998. Em 2007, juntamente com outros escritores, professores e amantes da literatura, foi fundador da Confraria Reinações: Confraria da Leitura de Textos Infantis e Juvenis. É vice-presidente administrativo da Associação Gaúcha de Escritores. É autor dos livros “O Rei e o Camaleão”,”Mão Dupla”, “Sangue de Barata”, “A Menina Que Sonhava Com os Pés” e “O filho do açougueiro e outros contos de terror e fantasia”.
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